Estudos evidenciam os impactos da mineração no mercado residencial em Ouro Preto e os custos da gestão dos resíduos urbanos em MG

Agosto 11, 2025

A Professora Rosangela Fernandes, em conjunto com docentes da UFV e UFRB e com discentes da UFOP publicaram o artigo: "Impacts of mining on the residential rental market in Ouro Preto, Brazil", na Revista Sustentabilidade em Debate, da Unb.  Este estudo investigou como as externalidades negativas das mineradoras Vale e Samarco influenciam os preços dos aluguéis em Ouro Preto, Minas Gerais, em 2023. Para alcançar o objetivo proposto, foi estimado um modelo de precificação hedônica. Os resultados mostraram que quanto mais perto das atividades  mineradoras,  menor  o  valor  dos  aluguéis,  evidenciando  uma  desvalorização  dos  imóveis. As  conclusões  sugerem  que  as  externalidades  da  mineração  afetam  o  mercado  imobiliário  local,  o que é relevante para a criação de políticas públicas que equilibrem o desenvolvimento econômico e a mitigação dos impactos negativos da mineração. Para acessar o artigo, ver: Impacts of mining on the residential rental market in Ouro Preto, Brazil | Sustainability in Debate

Em outro estudo, em conjunto com o docente Victor Lanna da UFV  e o discente Lucas Fonseca Camargo, intitulado: "Quanto custa escolher a gestão de resíduos sólidos urbanos em Minas Gerais?", foram analisados os principais fatores determinantes de custo per capita de resíduos sólidos urbanos (RSU) nos municípios mineiros.  Para isso,  modelos  de  regressão  múltipla  linear  foram  estimados  para identificar  quais  variáveis  são  relevantes  para  explicar  os  custos  de  manejo  dos resíduos  sólidos  urbanos  em  490  municípios  mineiros  em  2019.  As  variáveis analisadas foram: custo per capita deresíduos sólidos urbanos; execução da coleta por agente público; execução da coleta por agente privado; execução da coleta mista; não existência de coleta seletiva e o porte do município. Os resultados evidenciam que a execução pública representa a maior redução no custo de RSU, seguida pela execução mista e por fim, a execução por agente privado. Além disso, este estudo verifica que quanto menor a cidade, maiores serão os custos per capita à esfera pública, caso optem por repassar a execução do serviço decoleta ao setor privado. Concluiu-se  que  os  custos  de  RSU  em  Minas  Gerais  no  ano  de  2019  variam  a depender da forma escolhida pelas prefeituras para a prestação do serviço de coleta. Para acessar o estudo, ver: Vista do Quanto custa escolher a gestão de resíduos sólidos urbanos em Minas Gerais?

O PPEA-UFOP parabeniza a Profa Rosangela e demais autores pelas publicações.